As garantias locatícias são muito conhecidas no mercado imobiliário já que são a forma em que o proprietário ou imobiliária utilizam para garantir o recebimento do aluguel do imóvel no caso de uma dívida por conta do inquilino. Entre as mais conhecidas estão o fiador, título de capitalização, seguro fiança e depósito caução.
Apesar de conhecidas, essas formas de garantias costumam ser bem burocráticas para as imobiliárias e inquilinos, o que pode atrapalhar o fechamento de contratos e a rentabilidade das empresas. Conheça como funciona a contratação de algumas garantias locatícias para a imobiliária:
Fiador
O fiador continua sendo a garantia locatícia mais utilizada no Brasil. Mesmo em São Paulo, a principal metrópole brasileira, essa garantia representa cerca de 46% das garantias (fonte: Secovi SP). Já em outras regiões, esse percentual costuma ser muito superior. Mesmo com todas as novas opções de seguradoras e empresas de garantias (todas onerosas) que surgiram nos últimos anos.
A principal razão é, além de cultural, financeira: essa modalidade não representa custo adicional para inquilinos ou proprietários.
Porém, a crença de que o imóvel do fiador representa uma garantia prática à locação, é relativamente equivocada. O fiador pode se desfazer do imóvel durante o período da locação, sem que isso represente necessariamente uma infração contratual.
Mesmo assim, a eficiência desse tipo de garantia se explica pela relação de pessoalidade presente na relação entre inquilino e fiador. Isso acaba refletindo num índice de inadimplência até menor do que o das garantias onerosas, como o seguro fiança. O inquilino faz maior esforço para se manter em dia com a locação e não quebrar este vínculo de confiança com o fiador.
O vilão desse tipo de garantia acaba sendo a burocracia, com uma lista interminável de documentos exigidos para comprovação de renda e patrimônio (às vezes até a propriedade de dois imóveis). O constrangimento e a exposição que isso representa, gera extremo desgaste na experiência dos clientes.
Algumas imobiliárias já abriram os olhos para isso. Elas estão revendo seus processos para continuar contando com essa garantia, mantendo uma boa experiência para o cliente e não abrindo mão da efetividade que a relação pessoal tem na pontualidade do inquilino.
Elas começam a utilizar ferramentas especializadas e processos mais eficientes de análise. Muitas começam a abrir mão da exigência da comprovação de propriedade de imóvel, baseando-se no bom perfil de risco apurado numa análise digital do fiador, por exemplo.
Tudo isso sem custo adicional de garantias, nem para inquilinos, nem para proprietários e nem para as próprias imobiliárias.
Título de capitalização
Ao optar pelo título de capitalização a imobiliária precisa entrar em contato com o corretor de seguros da instituição financeira e proceder a aquisição do título em nome do inquilino. Além disso, embora não seja uma exigência da empresa emissora do título, recomenda-se que a imobiliária faça uma análise de crédito do cliente. O valor do título a ser exigido deve ser compatível com o perfil de risco e crédito do cliente.
Para o inquilino, o dinheiro parado por um ano, mesmo que rendendo alguma coisa durante este período, pode ser algo ruim. A rentabilidade oferecida costuma não ser competitiva com outras aplicações básicas de mercado. Além disso, o cliente pode não possuir um fundo de reserva próprio para essa aplicação.
Seguro fiança
Para o seguro fiança a imobiliária geralmente contrata, através de um corretor de seguros, uma seguradora que vai cuidar de todos os passos do processo, incluindo uma análise de crédito.
Porém, representa um valor que pode pesar para o cliente e fazer ele desistir da locação.
Depósito caução em dinheiro
Apesar de não ter muito custo para a imobiliária, para o inquilino é diferente. Ele precisará disponibilizar um valor em dinheiro como garantia para aquela locação. Esse valor é limitado por lei à três vezes o valor do aluguel, que ficarão depositados em uma conta. Mesmo que isso seja devolvido ao final do contrato, é um tempo considerável para deixar o dinheiro parado.
Já para o proprietário, esta garantia é limitada a três meses, representando uma garantia fraca para o potencial de dívida de uma locação.
Quanto custa estes processos de contratação de garantias locatícias para as imobiliárias?
No final das contas a gente se pergunta: quanto custa o processo de contratação das garantias locatícias para as imobiliárias? A verdade é que além do tempo dos colaboradores e dinheiro, custa algo muito precioso: o fechamento de contratos. Quanto mais exigências e mais custosa a garantia, menos inquilinos aprovados e interessados.
Atualmente, existem novas formas de locação que dispensam as garantias ou que fazem os seus custos serem menores e usadas somente quando necessário. Então, se você quer que a sua imobiliária feche mais contratos de locação e não perca os bons pagadores, é interessante conhecer uma plataforma digital de análise de crédito. Clique aqui e confira.